domingo, 24 de fevereiro de 2013

O que o evangelho traz?


… sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho. Deste evangelho fui constituído pregador, apóstolo e mestre. Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o que lhe confiei até aquele dia. (2 Timóteo 1.10-12)
     A promessa de salvação foi imediatamente anunciada numa forma simplificada, declarando apenas que Satanás seria derrotado por aquele nascido da mulher. Por toda a história do Antigo Testamento, e principalmente por meio dos profetas, ele revelaria mais e mais detalhes sobre essa promessa e esse que nasceria da mulher. É por acreditar nessa promessa e aguardar pelo Salvador prometido que homens e mulheres foram salvos mesmo antes da vinda de Jesus Cristo.
     A substância e cumprimento da promessa apareceu quando Jesus Cristo nasceu da virgem Maria. Um entendimento pleno dessa salvação é então “trazido à luz” (NIV) por meio do evangelho – isto é, a mensagem do evangelho, ou o sistema cristão de doutrinas, e a pregação e propagação dessa religião. A aparição histórica de Jesus Cristo foi o cumprimento da promessa de salvação, e o que chamamos de o “evangelho” é a mensagem que fala sobre essa salvação. Para espalhar esse evangelho por todo o mundo e ao longo dos séculos, Deus chama todos os crentes e especialmente ministros escolhidos em cada geração para publicá-la de várias formas, quer por falar ou escrita.
      Paulo foi chamado para ser um “pregador, apóstolo e mestre” desse evangelho. A natureza do evangelho é fixa e bem definida, e a obra dos seus ministros reflete o que ele é. Paulo não “transmite” Jesus Cristo. Ele não é um artista que “encena” o caminho da salvação. Ele não pode colocar o evangelho em músicas ou pinturas. Não, ele é um anunciador, uma testemunha com autoridade, e um professor da informação intelectual que Deus revelou aos homens, com foco especial sobre os fatos com respeito à salvação em Jesus Cristo. O evangelho é uma mensagem clara e definida, comunicada em palavras e entendida pela mente. Não é um sentimento ou intuição nebulosa, mas um sistema de doutrinas, de afirmações ou explicações sobre fatos importantes.
     A maioria dos homens são cheios de pecado e ira para com Deus. Assim, quando uma pessoa chega com uma mensagem clara e definida sobre Deus, a justiça, salvação e julgamento, ele encontrará oposição. Essa é uma mensagem que desperta os eleitos à fé e santidade, mas incita os réprobos à ira e ódio. Como Paulo escreve, “por essa causa também sofro”. É porque ele é um pregador e mestre do evangelho. Mas ele diz, “mas não me envergonho”. Ele era considerado como um criminoso, e preso como um, mas não se envergonha. Ele não tinha feito nada de errado, e não tinha dito nada errado. Ele sabe que tinha acreditado na verdade, e que pregava a verdade. E Deus vindicará a sua mensagem e o seu povo no tempo devido.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Seis Sinais Identificatórios de Falsos Profetas


Seis Sinais Identificatórios de Falsos Profetas
(Basta um, UM só dos sinais abaixo, para identificarmos os falsos profetas):

1) Através de sinais e de maravilhas, eles desviaram pelo menos uma pessoa para seguir (em pelo menos um aspecto) um falso deus e crer um falso evangelho;
(Dt. 13:1-4) “1 ¶ Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, e te der um sinal ou prodígio, 2 E suceder o tal sinal ou prodígio, de que te houver falado, dizendo: Vamos após OUTROS deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; 3 Não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o SENHOR vosso Deus vos prova, para saber se amais o SENHOR vosso Deus com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma. 4 Após o SENHOR vosso Deus andareis, e a ele temereis, e os seus mandamentos guardareis, e a sua voz ouvireis, e a ele servireis, e a ele vos achegareis.”;
ou
2) Pelo menos uma de suas profecias não foi cumprida de modo perfeito;
(Dt. 18:20-22) “20 Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar, ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá. 21 E, se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o SENHOR não falou? 22 Quando o profeta falar em nome do SENHOR, e essa palavra não se cumprir, nem suceder assim; esta é palavra que o SENHOR não falou; com soberba a falou aquele profeta; não tenhas temor dele.”;
ou
3) Pelo menos uma vez eles contradisseram (falaram de modo contrário a) a Palavra de Deus
(Isa. 8:20) “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles.”
ou
4) Pelo menos uma vez eles produziram maus fruto
(Mat. 7:18-20); “18 Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. 19 Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. 20 Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.”
ou
5) [Praticamente] todos os homens falam bem deles
(Luc. 6:26); “Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas.”
ou
6) Negam que Jesus, o único (atenção) Cristo (atenção), tem de uma vez para sempre, na carne
(I João 4:3). “E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo.”

Qualquer desses sinais é suficiente para indicar um falso profeta.
Resenhado, adaptado e traduzido por Hélio de M.S., de artigo de Dave Hunt.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A Igreja será julgada?


Lemos em Mateus 24.40-41 a respeito do arrebatamento da Igreja e em 2 Coríntios 5.10 que todos hão de comparecer ante o tribunal de Cristo para que sejam julgados segundo as suas obras. Já que a Igreja será arrebatada, como ela será julgada?

A chave para o entendimento correto dessa questão é a palavra "tribunal" (Bema, em grego), que aparece em 2 Coríntios 5.10. O termo bema significa "degrau", "plataforma elevada", "tribuna", "palanque", usados pelos oradores e pelos árbitros de competições esportivas, entre outros. Os crentes já têm seus pecados perdoados em Jesus Cristo e estes pecados nunca mais serão lembrados (Hb 7.24,25; 10.17; Jo 3.36; Gl 1.4). Todos os crentes comparecerão diante de Cristo para receber vários graus de recompensa pelo que fizeram nesta vida (Mt 6.20; Lc 19.11-27; 1Co 3.12-15). O julgamento das obras do crente, e não os pecados, é que está sendo discutido nesse episódio. Haverá graus de galardões no céu.

Deus se arrepende?


Em Gênesis 6.6 está escrito: "Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra...". Mas Números 23.19 diz: "Deus não é homem, para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa". Qual a comparação bíblica entre estes dois versículos?

Os mórmons costumam apontar esse texto em confronto com Número 23.19, onde se lê que Deus não é homem (...) para que se arrependa. Querem, com isso, apontar contradições na Bíblia para justificar o Livro de Mórmon. Esse versículo aponta para a tristeza de Deus pela má índole do homem (v.5). Temos aqui, então, uma figura de linguagem (antropopática) para o entendimento humano, indicando que Deus se contristou pela desobediência do homem, e não que tivesse havido erro da parte dele. Em Números 23.19, vemos que Palavra de Deus, ao contrário da dos homens, se cumpre. Numa terceira passagem, Jeremias 18.7-10, lemos: "No momento em que falar contra uma nação, e contra um reino para arrancar, e para derrubar, e para destruir, se a tal nação, porém, contra a qual falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe".
O texto mostra que se houver mudança de atitude do homem evitando o mal, Deus não enviará o mal anunciado. Não se trata de um arrependimento igual ao que os seres humanos sentem ao cometer erros. Deus não erra, logo, seu arrependimento não é igual ao nosso. Devemos reconhecer que o Deus soberano e imutável sabe lidar apropriadamente com as mudanças do comportamento humano. Quando os homens pecam ou se arrependem do pecado, Deus muda seu pensamento, abençoando ou punindo de acordo com a nova situação (Êx 32.12, 14; 1Sm 15.11; 2Sm 24.16, Jr 18.11;Am 7.3-6). (Nota: analisar a palavra arrepender no dicionário)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Linguagem Bíblica. Figuras de Retórica.


Linguagem Bíblica. Figuras de Retórica:
1- SÍMBOLOS.
A Bíblia é repleta de símbolos. Os símbolos classificam-se da seguinte forma:
a) Objetos reais
(1) Vestidos - simbolizam justiça real, méritos, etc.;
(2) Sangue - simboliza a vida;
(3) Linho Fino - simboliza a justiça real;
(4) Pão (da Ceia) - simboliza o Corpo de Cristo;
(5) Vinho (da Ceia) - simboliza o Sangue de Cristo;
(6) Ouro - simboliza a realeza, glória de Deus;
(7) Prata - simboliza resgate;
(8) Cobre - simboliza resistência;
(9) Fogo - simboliza purificação, juízo divino;
(10) Incenso - simboliza as orações;
(11) Sal - simboliza preservação;
(12) Óleo ou azeite - simbolizam o Espírito Santo, unção;
(13) etc.
b) Visões - Principalmente no A.T., há várias visões com simbologia diversas.
Exemplo: Visão da vara de amendoeira (Jr 1.11,12) - simboliza a vigilância do Senhor para cumprir Sua Palavra.
O termo hebraico para amendoeira significa “vigilante”, “desperto”.
c) Sonhos - Parecidos com as visões, os sonhos também têm sua simbologia.
Exemplo: O sonho das sete vacas gordas e sete vacas magras de faraó, foi interpretado por José como sete anos de fartura e sete anos de fome (Gn 41).
d) Nomes - Os judeus, geralmente davam nomes aos seus filhos de acordo com acontecimentos que marcaram a vida de seus pais na altura do parto. Entretanto, todos os nomes tinham seus significados. Exemplo: Adão - símbolo da humanidade caída. Jesus é o “último Adão” que desfez o que o “primeiro Adão” fez. Matusalém simboliza longevidade; Israel significa príncipe de Deus; Egito simboliza o mundo; etc.
e) Números - Temos que tomar cuidado ao darmos simbologia aos números. Não podemos evitar que haja
simbologia nos mesmos, mas, também, não podemos exagerar em sua significação.
Exemplo: Um - simboliza unidade, primazia;
Dois - simboliza divisão, relação, diferença;
Três - simboliza trindade, solidez (as dimensões);
Cinco - simboliza o fraco com o forte (3+2);
Seis - simboliza o homem, sua limitação;
Sete - simboliza perfeição, totalidade, repouso;
Dez - simboliza perfeição ordinal.
f) Cores - As cores também têm sua simbologia:
(1) Azul - simboliza perfeição;
(2) Púrpura - simboliza realeza;
(3) Carmesim - simboliza o pecado do homem e a autoridade divina em torná-lo mais branco do que a neve;
(4) Verde - simboliza esperança.
2 - TIPOS.
Tipo é a figuração de pessoa, coisa ou evento espiritual por pesoa, coisa ou evento material. Sendo assim, tipo é o que é tomado para representar, e antítipo é a coisa figurada. Vamos ver alguns exemplos:
TIPO: a) Serpente de metal levantada no deserto (Nm 20.4-9). b) Jonas no ventre do peixe (Jn 1.17).
c) Festa das primícias (Lv 23.9-14).
ANTÍTIPO: a) Jesus levantado no madeiro (Jo 3.14). b) Jesus no seio da terra (Mt 12.40).
c) Jesus - a primícia dos que ressuscitam (I Co 15.20).
3 - ENIGMA.
É um tipo de alegoria de difícil solução. Exemplo: O enigma de Sansão em jz 14.14. A solução se encontra no contexto da passagem.
4 - PARÁBOLA.
A parábola é uma alegoria apresentada em forma de narração de fatos comuns com o objetivo de revelar ou ensinar verdades importantes. Exemplo: Na parábola do Semeador, Jesus ensinou acerca de como o Evangelho é recebido e/ou rejeitado nos corações dos homens (Mc 4.1-20).
5 - METÁFORA.
Semelhança entre duas coisas que se aplicam a um termo. Exemplo: “Vós sois a luz do mundo”(Mt 5.14); “...Vós sois as varas...”(Jo 15.5).
6 - SINÉDOQUE.
Quando se relaciona duas coisas que não são semelhantes entre si. Exemplo: “A minha carne repousará segura”(Sl 16.9). Carne em lugar de corpo.
7 - METONÍMIA.
Quando se relaciona uma coisa com outra que tem com a primeira uma relação de causa e efeito. Exemplo: “... Se eu não te lavar, não tens parte comigo”(Jo 13.8). Lavar aqui significa purificar.
8 - PROSOPOPÉIA.
É a personificação de coisas inanimadas, dando-lhes os efeitos e ações das pessoas. Exemplo: “...o amor cobrirá uma multidão de pecados”(I Pe 4.8)
9 - IRONIA.
É uma expressão de sentido contrário do que se pretende dizer com o objetivo de diminuir, depreciar ou de louvar e engrandecer. Exemplo: “E sucedeu que, ao meio dia, Elias zombava deles, e dizia: clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; porventura dorme, e despertará”(I Rs 18.27).
10 - HIPÉRBOLE.
Figura que diminui ou engrandece exageradamente a verdade das coisas. Exemplo: “...cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem. Amém” (Jo 21.25).
11 - FABULA.
É um tipo de narração onde os seres irracionais e os objetos inanimados são apresentados com características pessoais. Exemplo: “E disse o espinheiro às árvores: se na verdade, me ungis reis sobre vós, vinde, confiai-vos debaixo da minha sombra...”(Jz 9.15).
12 - ALEGORIA.
Alegoria é a expressão de um pensamento sob forma figurada. É uma expressão fictícia que representa uma coisa para dar idéia de outra. Exemplo: Judá como um leãozinho (Gn 49.9); Israel, duas águias e a vinha (Ez 17.3-11).