quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Submissão Graciosa.


Submissão Graciosa.

É fácil dizer a uma mulher que ela se submeta, ou dizer a um marido que ele ame sua mulher como Cristo ama a igreja, mas na prática isso pode ser angustiante. É fácil atirar versículos bíblicos por aí como a pedra do estilingue de Davi, esperando derrubar aquele gigante Golias chamado "O Meu Jeito".
Em um casamento, deve existir tanta submissão e tanto amor! No entanto, quem quer servir, quem quer se sacrificar, quem quer entregar sua vida pelo outro? Quem quer se humilhar para o bem de outro ser humano?
A resposta: Jesus Cristo.
Lembro a primeira vez que me apresentaram a submissão como algo que eu devia praticar a fim de ser obediente e piedosa. Eu lutei com isso, pois não me ensinaram através do evangelho. Tudo o que eu via era uma sujeição. Eu tinha todos os tipos de argumentos para rebater esse assunto; simplesmente ninguém conseguia conversar comigo sobre submissão.
Como conversar sobre submissão com uma pessoa que não entende direito a Trindade e tem uma ideia confusa sobre quem Deus é?
Quem Deus é
Não podemos compreender totalmente a beleza da liderança e da submissão até que tenhamos um entendimento sóbrio de quem Deus é: o verdadeiro Deus, o Deus Triuno... Pai, Filho e Espírito Santo.
Não é sábio iniciar por aquilo que é exigido do homem. Devemos começar por quem Deus é, em seguida o que Ele fez e, então, podemos falar com coerência sobre o que é exigido de nós. São nesses pontos que descobrimos quão importante é que todos nós entendamos a doutrina da trindade.
Não foi um livro sobre "como ser uma esposa melhor" que me levou a praticar uma fiel submissão ao meu marido. Foi o entendimento sobre a pessoa de Cristo e sua obra na cruz. Foi o evangelho moldando cada parte do meu ser.
Romanos 8:29 diz, "Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho". Se devo ser conforme à imagem de Cristo, eu preciso saber quais são suas características para que, ao permanecer nele e andar no Espírito, eu possa ser o mais próximo da imagem de Cristo nesta vida. Conforme eu me relaciono com outras pessoas, eu preciso saber como Cristo se relaciona dentro da trindade e com os homens.
Uma das coisas que Cristo diz sobre ele mesmo é, "Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração" (Mateus 11:29). Paulo escreve em Filipenses 2:5–8:
"Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz!".
Quem é Cristo? Ele é o Deus Filho.
Como ele é? Manso, humilde de coração, igual a Deus, em forma humana.
O que ele fez? Não se apegou à sua igualdade, antes, humilhou-se para ser obediente até à morte de cruz.
A quem ele obedeceu? Deus Pai, a quem ele era e é igual.
Na Prática
Como isso pode me instruir na busca por viver uma vida como a de Cristo?
Kathy Keller diz em The Meaning of Marriage ['O Sentido do Casamento']: "Tanto a mulher como o homem têm no casamento a oportunidade de 'desempenhar o papel de Jesus'— Jesus em sua autoridade sacrificial, Jesus em sua submissão sacrificial".
Como esposa, vejo nas palavras do apóstolo Paulo o meu papel em relação a Cristo: "Quero, porém, que entendam que o cabeça de todo homem é Cristo, e o cabeça da mulher é o homem, e o cabeça de Cristo é Deus". (1 Coríntios 11:3).
Como mulher, eu já tenho um dos papéis de Jesus — o dom sacrificial da submissão ao meu marido. Será que devo "me apegar" ao "papel de Jesus" que é dele? Será que devo tentar trocar o meu papel pelo dele? Com qual finalidade? Se Jesus, sendo igual a Deus, não se apegou à sua igualdade, antes, se submeteu ao plano e vontade do Pai, será que eu, sendo igual ao meu marido, devo "apegar-me" à minha igualdade? Como é possível que assim eu seja transformada à imagem de Cristo?
Para entender o nosso papel, primeiro temos que entender a Trindade. Somente assim, tudo isso fará sentido. Somente assim, veremos que esses papéis não são culturais ou construídos pela sociedade, mas são partes intrínsecas e inerentes à realidade objetiva. - Luma Simms. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Está pensando em divorciar?


Está pensando em divorciar? Leia este texto antes!

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: “Tenho algo importante para te dizer”. Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: “Por quê?”


Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou “você não é homem!” Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. “Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio” – disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então, quando eu a carreguei para fora da casa, no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo “O papai está carregando a mamãe no colo!” Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho “Não conte para o nosso filho sobre o divórcio” Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles, mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse “Todos os meus vestidos estão grandes para mim”. Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso… ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração….. Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse “Pai, está na hora de você carregar a mamãe”. Para ele, ver seu pai carregando sua mãe todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: “Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo”.

Eu não consegui dirigir para o trabalho… fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia… Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela “Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar”.

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa “Você está com febre?” Eu tirei sua mão da minha testa e repeti.” Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe”.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: “Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe”.

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama – morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio – e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, do seu marido, façam pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Um casamento centrado em Cristo é um casamento que dura uma vida toda.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Onde estão os finados?

Onde estão os finados?

Eu sei que a resposta óbvia é "enterrados no cemitério", mas eu me refiro à alma dos finados. A resposta bíblica pode ser resumida em alguns pontos, que não pretendem ser exaustivos, mas que representam o pensamento evangélico histórico e reformado sobre o que acontece após a morte.

- Imediatamente após a morte, as almas dos homens voltam a Deus. Seus corpos permanecem na terra, onde são destruídos.
As almas dos finados não caem em um estado de sono ou de inconsciência após a morte.

- As almas dos salvos em Cristo Jesus entram em um estado de perfeita santidade e alegria, na presença de Deus, e reinam com Cristo, enquanto aguardam a ressurreição de seus corpos.
Esta felicidade não é impedida pela memória de suas vidas na terra, uma vez que agora eles consideram tudo à luz de perfeita vontade de Deus e do Seu plano perfeito.

- Sua felicidade e salvação é somente pela graça de Deus.
Eles não têm poder de interceder pelos vivos ou tornar-se mediadores entre eles e Deus.

- As almas dos perdidos não são destruídas após a morte, mas entram em um estado de sofrimento consciente e de escuridão, tirados da presença de Deus, enquanto esperam o dia do julgamento.

- Não há outros estados além destes dois após a morte. Não há qualquer base bíblica para a doutrina do purgatório e nem da reencarnação.

- Nem as almas dos salvos nem as dos perdidos podem voltar para a terra dos vivos após a morte. Todas os fenômenos considerados como a ação de almas desencarnadas deve ser atribuída à imaginação humana ou à ação de demônios.
A realidade da morte e da sobrevivência da alma deveria nos lembrar sempre das palavras de Jesus: "De que adiante ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?" 

Por - A. N.  L.